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domingo, 14 de setembro de 2014

Militares serão um quarto da delegação brasileira no Rio 2016


Forças Armadas preveem contribuir com cerca de 100 dos 400 atletas brasileiros


Criado em 2008 para fortalecer o desporto militar, o programa de incorporação de atletas de alto rendimento às Forças Armadas extrapola o objetivo inicial, vira peça importante na preparação para as Olimpíadas do Rio e deve formar um quarto da delegação brasileira nos Jogos de 2016. Essa é a previsão do Ministério da Defesa, que estipula a presença de 100 atletas militares no evento — o Comitê Olímpico Brasileiro prevê um total de 400 esportistas do país na competição —, praticamente dobrando o número de Londres-2012, quando foram 51.

Na semana passada, o Brasil conquistou quatro medalhas no Mundial de Judô de Chelyabinsk, na Rússia. Todos os atletas que subiram ao pódio (Mayra Aguiar, Erika Miranda, Maria Suelen e Rafael Silva) são militares. Uma parceria de sucesso que já havia sido comprovada nos Jogos Olímpicos de Londres, quando a seleção brasileira trouxe quatro medalhas na bagagem.

O judô foi uma das primeiras modalidades a aderirem ao projeto e colhe frutos da estabilidade proporcionada pelas Forças Armadas. O projeto, idealizado em 2008 pelo Ministério da Defesa, em parceria com a pasta dos Esportes, visava formar uma equipe militar de respeito para o Brasil disputar, em casa, os Jogos Mundiais Militares de 2011, no Rio de Janeiro. As convocatórias começaram na Marinha e foram seguidas pelo Exército. E o resultado foi além do esperado: de 31º lugar em 2007, na Índia, o Brasil pulou para a primeira colocação no quadro geral de medalhas em 2011.

Para participar do programa, os atletas ranqueados nacionalmente em suas modalidades precisam se inscrever para ocupar as vagas de especialista em atletismo de alto rendimento. É uma carreira militar temporária, que pode durar até oito anos, sendo revista anualmente de acordo com os resultados obtidos. Até hoje, houve 10 convocações na Marinha, seis do Exército e uma da Força Aérea, que aderiu ao projeto neste ano.

Mais de 500 atletas de 17 modalidades entraram nas Forças Armadas desde 2008. “Para o desporto militar, foi um saldo qualitativo e quantitativo muito grande”, avalia o major-brigadeiro Carlos Augusto Amaral Oliveira, que dirige a Comissão Desportiva Militar do Brasil. “São atletas que vêm prestar um serviço militar e temos que. fazer uma coordenação para que ambos os objetivos sejam atingidos”, explica.


Na prática, os atletas podem seguir o treinamento em seus clubes normalmente, mas cientes de que terão competições militares a realizar ao longo do ano. Antes desses eventos, são convocados e passam um período concentrados nos centros esportivos das Forças Armadas espalhado pelo país. O calendário é agendado com a anuência das confederações esportivas e dificilmente causam choque de competições.

“É uma combinação muito boa (a dos atletas com os militares)”, avalia a judoca brasiliense Erika Miranda, medalha de bronze no Mundial de Judô e militar da Marinha desde 2009. “O emprego como militar nos passa tranquilidade para realizarmos o treinamento ”, explica a atleta. “Sempre fomos recebidos muito bem nas Forças Armada. Ficamos à vontade para trabalhar e competir”, complementa o também bronze no Mundial de Judô Rafael Silva, sargento do Exército desde 2011.

Fonte: df.superesportes

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